Atriz trans Marcella Maia revela preconceito nos bastidores da Globo e relata ter sido humilhada por ator
Em entrevista ao “Israel Cassol Show”, a atriz trans Marcella Maia, que interpreta a Morte na novela “Quanto Mais Vida, Melhor”, da Globo, deu uma declaração e relatou que já sofreu preconceito em gravações da trama dentro da própria emissora. “Na última novela que eu fiz eu beijei dois galãs, mas tive alguns atravessamentos. Teve um ator que disse que não ia me beijar”, relatou Marcella Maia.
“Atuar da muito trabalho, a gente estuda muito, aprende os ofícios de atuar, e é triste chegar no set e ouvir isso. E geralmente meus papéis são cis normativos”, disse Marcella Maia em tom de lamentação.
Ainda na ocasião, a atriz trans disse que aconselha mulheres trans que querem chegar ao universo artístico: “Tenha determinação, continue buscando conhecimento, fazendo pesquisas”, enfatizou.
Artista soltou críticas
Marcella Maia, ainda durante a entrevista, fez uma certa crítica a artistas como Vitão e Harry Styles por usarem roupas femininas. “A arte se tornou uma máquina de vender e fazer dinheiro. Sempre teve uma apropriação muito grande da comunidade LGBTQIA+”, diz Marcella Maia.
Mas ainda assim, a atriz trans comemorou que a moda sem gênero esteja ganhando mais espaço no universo fashion. “Pra mim a moda sempre foi sem gênero, eu acho muito legal que esse assunto está ficando mais relevante com os públicos”, declara Marcella Maia.
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Convite para filme
Quando a atriz Marcella Maia morou em Londres ela recebeu o convite para atuar no filme por “sua beleza singular e porte físico”, como contou em entrevista à Vogue em 2017.
Para a Quem, a musa relatou que sofreu um pouco de preconceito da equipe por não ser atriz.
“ Eu era a única brasileira ali no elenco e ninguém sabia que eu era trans, apenas um amigo meu que cuidava dos figurinos. Certo dia me senti tão sufocada e guardar aquilo me machucava tanto que eu queria dizer ao mundo quem eu era. A partir do momento que me assumi, tudo que me atingia acabou”, disse a atriz.
