Bolsonaro será julgado após declarações polêmicas sobre processo eleitoral

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, marcou para o dia 22 de junho o julgamento da ação que pode deixar inelegível o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, do PL.

As sessões dos dias 27 e 29 também foram reservadas para esta mesma pauta. O ex-presidente é alvo de processo em que o PDT o acusa de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicações por conta de uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, onde o político levantou dúvidas em relação o sistema eleitoral.

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O Ministério Público Eleitoral, MPE, se manifestou a favor da inelegibilidade do ex-presidente. Quem assinou a manifestação foi o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, a mesma foi entregue em abril ao TSE.

De acordo com o Ministério Público, Bolsonaro colocou em dúvida a lisura do sistema eleitoral sem apresentar provas e acusou, sem embasamento, as urnas eletrônicas de serem fraudadas. Após a reunião, partidos políticos e o próprio vice-procurador-geral eleitoral apresentaram representações e ações ao TSE pedindo que Bolsonaro fosse punido e que os vídeos com o conteúdo da reunião fossem excluídos da internet, o que acabou sendo acatado pelo tribunal.

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Ao longo do processo, a defesa de Bolsonaro tem alegado que a postura do político não significa que ele seja contra as regras do jogo eleitoral e nem que ele atue contra a democracia.

Bolsonaro chegou a ser condenado no mês de setembro do ano passado pelo TSE a pagar multa de 20 mil por propaganda eleitoral antecipada em razão da mesma reunião com embaixadores.

O ex-presidente responde a outras 15 ações no TSE que podem, em último caso, torná-lo inelegível.