Caio Junqueira vence processo trabalhista contra Record depois de morto

Caio Junqueira (1976-2019), falecido em janeiro de 2019 decorrente de um grave acidente de carro, finalmente venceu um processo trabalhista contra a Record. O ator trabalhou na emissora de 2008 a 2016. Caio havia processado a emissora e pedia reconhecimento de vínculo trabalhista.

Após a morte de Caio Junqueira, em 23 de janeiro de 2019, o processo foi assumido por sua mãe, Maria Inês Torres, considerada sua única sucessora até então. No entanto, ela também veio a óbito em 2019. Dessa forma, em 2020 o ator Jonas Torres, irmão do artista, assumiu a pendência jurídica. As informações foram divulgadas pelo Notícia da TV.

Caio contou que tinha sido contratado em 2008 e obrigado a usar uma empresa jurídica para assinar o seu vínculo empregatício e exigia que a emissora pagasse seus direitos após o desligamento. O convite para fazer parte do elenco fixo da emissora aconteceu por causa do sucesso do filme Tropa de Elite (2007), em que o ator se destacou na personagem do policial Neto.

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Junqueira afirmou que cumpria horário e obrigações com a Record, além de ter acordo de exclusividade com a emissora. Em primeira instância, a Record conseguiu vencer a disputa judicial, em julgamento que ocorreu no fim de 2019. Porém, após a defesa de Caio Junqueira recorrer, a 8ª Turma do TRT-1 (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região) entendeu que, de fato, havia vínculo empregatício entre as partes e determinou o pagamento dos direitos do ator. O valor do processo é de R$ 60 mil. A Record ainda pode recorrer da decisão.

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CAIO JUNQUEIRA MORREU AOS 42 ANOS

Caio Junqueira tinha 42 anos de idade e 33 anos de carreira quando morreu. O ator começou a carreira em 1985, quando tinha apenas sete anos, no teatro. Quando se desligou da Record em 2016, acabou entrando no elenco de O Mecanismo, série brasileira da Netflix livremente inspirada na Operação Lava Jato. Ele interpretou Henrique Villa Verde, personagem que seria uma junção de Márcio Lewkowicz e Humberto Sampaio de Mesquita, ambos flagrados por câmeras de segurança carregando sacolas de documentos que incriminariam o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

Caio Junqueira morreu em 23 de janeiro de 2019, uma semana depois de sofrer um acidente grave de carro no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. O ator não deixou filhos.