Após nomes importantes aparecerem na lista de demissão do canal, a nova gestão precisa traçar novas estratégias para se recuperar

Devido ao cenário atual, os cortes da CNN Brasil já eram previstos, mas o que impressionou foi o tamanho deles. Ao todo mais de 120 vinte funcionários foram desligados da empresa.

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Como alcançou pouco mais da metade da meta comercial estipulada para esse ano, os cortes foram essenciais para a sobrevivência da empresa. A emissora vai deixar de ganhar R$ 100 milhões nesse ano e o dono da empresa esta cada vez menos disposto em pagar as contas.

Os cortes realizados pela nova gestão, de João Camargo, é a única saída para a CNN se salvar no atual cenário. A empresa, inclusive, esta sendo chamada de elefante branco, por estar em um mercado ruim.

Crise nos negócios

Rubens Melin, é o dono do canal e esta sendo afetado em várias áreas em seus investimentos. Fora a emissora, com a atual crise mundial, um dos setores que esta mais sendo prejudicados, também fazem parte da carteira de investimentos do empresário, que é um grande acionista da MRV construtora.

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No mês passado a construtora divulgou um balanço negativo de que fez com que as ações da empresa despencarem em 10% em um só dia. A receita apresentou queda de 27% com relação ao mesmo trimestre do ano passado.

Enquanto a receita caiu os gastos da empresa subiram. A ganhou menos, gastou mais e o desempenho caiu 99% com relação ao ano passado.

Fora os números negativos, a posição política do dono da empresa, que apoia Jair Bolsonaro, também vem causando mal estar entre ele e os funcionários. Principalmente após Melin elogiar a situação econômica do pais sob o comando do atual presidente no mesmo dia em que a lista de demissão da CNN saiu.

Além do ramo das construtoras e na CNN. O banco Inter, que também é da família do empresário, sobre com uma prejuízo de 29,9 milhões de reais no terceiro trimestre.

Além de todas as quedas, há uma preocupação com o futuro das empresas do empresário a partir do ano que vem, quando entra em vigência o mandato de Lula, oposto politicamente de Melin.

Estratégia da CNN

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A CNN foi criada para competir com grandes nomes da televisão brasileira, e uma das estratégias adotadas foi contratar grandes nomes para atrair grandes anunciantes.

O banco Santander comprou a ideia e investiu R$ 100 milhões na empresa no ano de sua estreia. Além do banco, Audi e Jaguar e Cielo também eram nomes de patrocinadores em peso nos comerciais.

A aposta de Tavaro, era contratar nomes de peso para chamar atenção do público para um canal que era quase desconhecido. Para isso cada pessoa da Globo que era contratada para a emissora, a foto da pessoa aparecia em todas as redes sociais, e isso acabou funcionando por um tempo.

Mas, segundo algumas fontes de dentro da empresa, os contratados tinham nomes, mas não traziam furos nem audiência, sendo assim, a empresa foi perdendo espaço no mercado.

Contudo, a emissora precisa cortar gastos e deve fazer isso, inclusive, no prédio onde esta localizado. Se nada der certo, a venda da marca seria uma solução, mas por se tratar de empresa de família, se ela se pagar, deve continuar na atual gestão.