Em 2021, o ator Reynaldo Gianbecchini foi demitido da Globo e agora está na segunda temporada de Bom Dia, Verônica, série da Netflix protagonizada por Tainá Müller. Em recente entrevista à Veja, o famoso contou que aproveitou o isolamento social causado pela pandemia de Covid-19 para se conectar com mundo.
“Sou privilegiado, não tive problemas financeiros. Percebi que eu era desconectado da sociedade. Comecei a doar o meu salário. Eu fiquei mais empático e aprendi sobre política e questões sociais, como o racismo”, começou o ator.
Desse modo, Reynaldo Gianecchini fez uma denúncia sobre a Globo: a emissora não deixava seus contratados se posicionarem politicamente. “Na Globo, a regra era não falar de política. E eu entendo. Mas chegou uma hora em que precisei me posicionar. O governo Bolsonaro é inegavelmente uma tragédia. Áreas fundamentais para o crescimento de uma nação estão jogadas às traças. Sou filho de professores, uma profissão que amo, e me dói ver como a educação do país está. Isso sem falar do setor cultural. O streaming salvou o cinema brasileiro do Bolsonaro”.
O famoso ainda criticou alguns trabalhos que realizou na emissora carioca: “Fiz Da Cor do Pecado [2004], hoje um título inadmissível. Parece que é chato, mas, para mudar, precisamos ser chatos. Se 60% da população é negra, então todos os elencos deveriam ter no mínimo 60% de negros. Não trabalho em projetos que não tenham elenco diverso”, disse Reynaldo Gianecchini.
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Momento difícil
O primeiro papel de Reynaldo Gianecchini na Globo foi o galã Edu, em Laços de Família (2000), e ele revelou ter enfrentado uma situação conturbada: “Sou uma pessoa reservada, e de repente todos queriam saber sobre mim. Comecei a me fechar. Entrei numa profissão complexa sem estar preparado. Eu me cobrava demais. Se não fosse a Marília [Gabriela], eu teria pirado”, disse o ator, que se recuperou e participou de diversos projetos dentro e fora do canal.
