A Associação Médicos Pela Vida está processando a Globo. Em fevereiro deste ano, foi divulgado uma declaração que defendia o tratamento precoce contra o vírus da Covid-19 e o uso de cloroquina e outros medicamentos que não tem eficácia comprovada.
A associação exigiu o direito de resposta, no programa Fantástico, para expor novamente suas crenças. Além disso, também exigiu uma indenização de R$ 10 mil.
Apesar da associação não ter sido mencionada, a entidade se incomodou com uma reportagem exibida no Fantástico em março. Na reportagem apresentada por Poliana Abritta e Tadeu Schmidt, era criticado o tratamento precoce. Além disso, a reportagem também mostrava a ineficácia de medicamentos como a hidroxicloroquina.
A Associação Médicos Pela Vida acusou a Globo de utilizar sua audiência, que atingiu 21,9 pontos na Grande São Paulo, para menosprezar a associação e suas crenças.
A entidade pediu caráter de urgência para a ação, porém, a juíza Daniela de Paula, que está responsável pelo caso, negou o pedido de tutela antecipada.
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A juíza também alegou que não existem evidências o suficiente de que a emissora negou o direito de resposta para a entidade. O caso será julgado em primeira instância.
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“Não se verifica perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, que enseje a concessão da tutela pleiteada, especialmente pelo fato que entre a veiculação da reportagem em questão e a propositura da presente demanda decorreram quase dois meses. Portanto, diante de todo o exposto, indefiro a tutela de urgência requerida em sede de inicial”, declarou a juíza
Vale lembrar que, no documento exibido pela Associação, era defendida a autonomia médica, ou seja, os profissionais poderiam receitar para seus pacientes aquilo que acharem melhor. No momento, não existe previsão para o julgamento do caso.
A TV Globo segue informando seus telespectadores sobre o uso de medicamentos que são, comprovadamente, ineficazes contra o vírus da Covid-19.
