Em entrevista para a VEJA, o ator falou sobre a descoberta da sua filha e processos que moveu contra a colega de trabalho, pelas falas homofóbicas
José de Abreu concedeu uma entrevista para a coluna da Veja e falou sobre os processos movidos contra Cássia Kis, por falas homofóbicas da atriz. Também contou o motivo de não estar no palanque no discurso da vitória do presidente Lula.
Ao ser questionado do motivo dos três processos movidos contra Cássia Kis, o ator explica que a filha mais nova se descobriu trans há três anos, e que ele teve que aprender e evoluir rapidamente para apoiá-la.
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“Fiquei muito com medo, o Brasil é o país que mais mata trans no mundo. Ela (filha) tem 1,82m, é impossível passar despercebida. E de repente vem uma colega, com quem já trabalhei pelo menos três vezes como par romântico, e faz uma declaração homofóbica! Aquilo me causou uma repulsa, sabe?”, explicou.
Quando indagado o que pensa sobre a atriz, ele disse que é uma grande artista como um respeito muito grande pelos seus trabalhos, mas afirmou que não concorda com seu posicionamento de falar sobre somente os relacionamentos héteros serem corretos.
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Também contou sobre não falar mais com a atriz, disse que eles são bloqueados no WhatsApp há muito tempo, por conta das mensagens de cunho político que Cássia enviava.
Segundo o ator, a Globo não se mete na vida pessoal de seus contratados e por esse motivo a atriz não deixará a novela.
” Tentaram me tirar da Globo milhões de vezes e é sempre assim: ‘A Globo não interfere na vida pessoal dos seus contratados’. Tem a diretoria de diversidade agora. É o maior barato. Por isso o mais estranho é agora vir (um ataque) de um meio onde a diversidade é imensa. A homofobia, pelo que senti lá dentro, assustou todo mundo na Globo. É uma coisa assustadora.”, disparou.
O artista deixou claro que pretende usar o dinheiro da indenização para reverter para a sociedade, caso ganhe os processos.
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Posicionamento político
Bem engajado nos assuntos políticos, ele comenta sobre os atos antidemocráticos que andam acontecendo e fala que desde que declarou no Faustão apoio à Dilma, vem sofrendo ataques de pessoas que não compartilham das mesma ideia políticas que ele.
Também explicou que estava presente sim no dia do discurso do presidente Lula, mas não estava em cima do palco, diferentemente do que aconteceu em 2010. “Na realidade foi por causa do meu trabalho no Twitter, foi a primeira campanha eleitoral com o Twitter. Eu fiz muito isso para a Dilma.”, contou ele.
