Pelo assassinato da atriz Daniella Perez (1970-1992), a Justiça do Rio de Janeiro determinou que Paula Thomaz e Guilherme de Pádua paguem à autora Gloria Perez uma indenização de R$ 480 mil. Para que seja cumprida, a Justiça deu ainda ordem de execução de penhora do atual apartamento de Paula e seu atual marido, Sérgio Rodrigues Peixoto. Eles alegam falta de fundos e tentam reverter a decisão.
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Segundo o site Notícias da TV, que teve acesso aos autos do processo, na ação, que foi protocolada em 2005 e decidida em 2017, Gloria Perez pedia cumprimento de sentença por danos morais de uma vitória judicial que teve em 2002 contra os assassinos. A ação, a princípio, foi analisada pelo desembargador Paulo Gustavo Horta, na 7ª Câmara Cível do Rio.
Pádua e Paula foram condenados a pagar para Gloria Perez o valor de 500 salários mínimos. Após ser derrotada, Paula ajuizou ação de autoinsolvência, com a alegação de que não possuía patrimônio para saldar a dívida.
Com esse novo fato, a Justiça inicialmente acatou o pedido de Paula e reconheceu a falta de recursos da ré. Porém, Gloria Perez não desistiu e entrou com novo pedido, onde conseguiu, na 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, no fim de 2021, uma decisão de execução da dívida.
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Assim, foi ordenada a penhora de um apartamento no nome do atual companheiro de Paula Thomaz, casado com a assassina desde 2001. Baseando-se em uma interpretação reconhecida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), a execução determinou que fosse realizada a venda por penhora judicial.
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Paula, por ser casada com Sérgio há mais de dez anos, tem direito a 50% de seus bens, inclusive o apartamento onde moram. Então, o Judiciário considerou que essa casa, no Rio de Janeiro, tem fundos para o pagamento de pelo menos metade do valor da indenização.
O casal recorreu da decisão em segunda instância e tentam impedir a perda do bem, mas ainda não há previsão para o julgamento do mérito. Guilherme de Pádua também tenta impedir a cobrança, mas a defesa de Gloria Perez estuda meios para que a decisão seja cumprida.
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O caso Daniella Perez
No dia 28 de dezembro de 1992, a atriz e bailarina Daniella Perez foi assassinada ao sair de uma gravação da novela De Corpo e Alma (1992), na qual interpretava Yasmin. Ela foi assassinada com 18 perfurações no corpo feitas com um objeto cortante. Guilherme de Pádua, que vivia Bira na trama, foi o responsável pela morte, juntamente com Paula Thomaz, que era sua esposa na ocasião.
Com grande repercussão da mídia, Pádua e Paula foram condenados por homicídio duplamente qualificado, com motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Os dois ficaram presos seis dos 19 anos a que foram condenados.
