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Não Olhe Para Cima: novo filme da Netflix satiriza o negacionismo de Bolsonaro e Trump


Não Olhe Para Cima (2021), Netflix (Foto: Reprodução)

Não Olhe Para Cima (2021) é um dos maiores lançamentos do ano da Natflix. É o típico ‘filme evento’ que jamais agradará a todos. A produção escrita e dirigida por Adam McKay (Vice), conta com um elenco recheada de estrelas de Hollywood e é uma sátira que ironiza o negacionismo de políticos como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O longa, ao invés de fazer humor com a pandemia da Covid-19, colocou um apocalipse inevitável na trama, um meteoro de proporções gigantescas que está em rota de colisão com nosso planeta.

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A descoberta foi feita pelos cientistas Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) e Randall Mindy (Leonardo DiCaprio). A existência do meteoro e a sua iminente viagem à Terra deveriam ser o bastante para colocar o mundo em colapso. Mas não é o que acontece.

Com a ajuda de um importante cientista da Nasa (Rob Morgan), os dois conseguem um encontro com a presidente Orlean (Meryl Streep). Depois de tomarem chá de cadeira da comandante dos Estados Unidos, quando finalmente são recebidos encontram só descrença e deboche.

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Na reunião, tanto trágica quanto cômica, Orlean faz o tipo negacionista de Trump e Bolsonaro, que optaram por desacreditar na ciência para defender as próprias crenças absurdas. Unem-se a eles uma multidão de pessoas com os mesmos ideais, e qualquer chance de evitar o apocalipse começa a desaparecer.

O texto de Adam McKay, potencializado com ironias, não deixa nenhum aspecto importante de fora. Além dos políticos e cidadãos negacionistas, há a imprensa complacente com certas narrativas e os aproveitadores de plantão, que abusam da falta de tato de Kate e Randall para desmoralizar suas recomendações.

Não Olhe Para Cima: Trump e Bolsonaro são satirizados em filme da Netflix (Foto: Reprodução)
Não Olhe Para Cima: Trump e Bolsonaro são satirizados em filme da Netflix (Foto: Reprodução)

Randall ainda representa uma parte da classe de cientistas que se deixa levar pelo poder e acaba reforçando as perigosas decisões de Orlean. É inevitável comparar a presidente com políticos como Bolsonaro, já que seu chefe de gabinete é ninguém menos que seu próprio filho.

Ainda surge Peter Irsherwell (Mark Rylance), bilionário da tecnologia nos moldes de Elon Musk (criador da Tesla) que se lança como salvador da pátria mas, no fundo, só quer priorizar os próprios interesses e lucros.

Não Olhe Para Cima busca rir do apocalipse, já que não dá para evitá-lo. Se fosse possível escolher a moral da história, uma descrição seria: humanos são estúpidos e quase nunca concordam em nada, mesmo que sua sobrevivência dependa disso.

 

 

Autor(a):

Tenho 33 anos e sou formada em Produção Multimídia. Sempre fui uma apaixonada por leitura, escrita e televisão. Adoro trazer informações sobre o mundo das celebridades.