Em Nos Tempos do Imperador, Cinnara Leal afirma ter levado um baque ao se olhar no espelho e ver as cicatrizes no rosto de sua personagem, Justina. A atriz admite que sentiu medo de não ser digna o suficiente às marcas que , não apenas ajudam a contar a história da governanta da condessa de Barral (Mariana Ximenes), mas também mostram as marcas e contam a história dos quase 5 milhões de negros que foram sequestrados na África e escravizadas no Brasil por quatro séculos.
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Cinnara Leal, em entrevista ao site Notícias da TV, conta ter enfrentado um grande desgaste físico e emocional para se jogar em parte da sua própria história durante quase dois anos na novela das seis da Globo: “Não é fácil mergulhar na dor de pessoas tão próximas a você. No início, eu sequer entendia [o que estava acontecendo] quando eu vinha com a trança da Justina para casa, por exemplo. Eu tive até febre, mal-estar. Em uma das cenas mais fortes, do leilão de escravos, eu cheguei a vomitar depois da gravação.”
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Cinnara Leal faz referência à uma cena em que Luísa tenta impedir Borges (Danilo Dal Farra) de comprar um grupo de escravos em um leilão. Justina ajudou Guebo (Maicon Rodrigues) a escondê-los na casa da patroa e até enfrentou o delegado para defendê-los.
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“Foi uma cena muito cruel, muito difícil. Quando a gente fala em escravidão, não fala só na desumanidade, mas das sequelas que perduram até hoje. Não é um papel que você passa pela roleta da Globo, entra no estúdio, grava, vai embora e está tudo bem. Ela tem uma demanda muito grande tanto antes quanto depois.”