Em Nos Tempos do Imperador, Pilar (Gabriela Medvedovski) terá que enfrentar uma epidemia mortal. Ela perceberá que uma doença se alastrará pela corte e devastará a população. “O cólera chegou ao Rio de Janeiro”, avisará a profissional da saúde ao constatar o óbito de uma freira.
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Previsto para ir ao ar no próximo sábado (4), nas cenas, Pilar atenderá uma das freiras da Santa Casa, que estará acamada após ter contato com alguns militares que regressarão da Guerra do Paraguai (1864-1870).
“Como ela está?”, questionará Pilar no leito da irmã Clarice. “Piorou muito, doutora. Não para de vomitar”, contará uma enfermeira. “E foi uma piora muito rápida. A pele dela está ressecada por causa da perda de líquido”, se assustará a médica.
Pilar se afastará do leito e se espantará com a aparências das fezes da paciente, que estão embranquecidas, outro sintoma da cólera, além de Vômito, diarreia e febre. A madre gritará ao ver que a irmã não se mexe e Pilar volta correndo para vê-la: “Ela está morta”, decretará.
Pilar, então, irá até a Junta Central de Higiene Pública para falar com alguma autoridade. “Tivemos o primeiro caso, uma freira que veio da Paraíba. Começaram a chegar outros pacientes que viajaram no mesmo navio. Não podemos esperar nem mais um minuto. A situação pode sair do controle”, contará a doutora.
“Se nada for feito, muitas pessoas vão morrer. Temos que avisar à população”, acrescentará. “Do que exatamente a senhorita está falando?”, perguntará um funcionário. “Estou falando de uma epidemia de cólera”, responderá Pilar.
Entre 1846 e 1863, a cólera assolou o mundo, com início na Índia e milhões de mortos na Rússia, no Reino Unido e diversos países da América Latina. A epidemia só chegou ao fim por causa de um médico britânico chamado John Snow (1813-1858), que apontou a água contaminada como o maior vetor de contaminação da enfermidade.
