No último capítulo de Nos Tempos do Imperador nesta sexta-feira (4), Pedro (Selton Mello) teve de esperar por mais de um século para finalmente realizar um de seus maiores sonhos. O monarca reencarnou como um professor para mostrar as reformas no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, que foi destruído por um incêndio em 2018. O prédio, inclusive, é o mesmo palácio que abrigou a família real durante todo o Brasil Império (1822-1889).
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O fidalgo repetiu exaustivamente que faria de tudo para trocar a sala do trono por uma sala de aula na trama de Alessandro Marson e Thereza Falcão. Aliás, ele se aproximou de Luísa (Mariana Ximenes) justamente ao se dedicar à educação das filhas Isabel (Giulia Gayoso) e Leopoldina (Bruna Griphao).
A história em Nos Tempos do Imperador oficialmente terminou em 1970, com a rendição de Solano López (Roberto Birindelli) e a conclusão da Guerra do Paraguai. Contudo, a produção avançou algumas décadas no tempo para mostrar o exílio de Pedro em Paris com a proclamação da República em 1889.
O protagonista vivido por Selton Mello acabou falecendo de tuberculose apenas dois anos depois de ser expulso do Brasil. Ele pediu para ser enterrado com um punhado de terra que trouxe dos trópicos, em sinal de reverência e saudade ao país que um dia governou.
Os autores de Nos Tempos do Imperador fizeram uma licença poética e pegaram emprestado um recurso mais comum a novelas espíritas para não deixar o imperador na mão. Pedro voltou à vida, um século e meio depois, para guiar estudantes por entre as obras de reconstrução do palácio na Quinta da Boa Vista.
“Infelizmente, em 2018, um incêndio destruiu 85% do seu acervo fabuloso. Aqui, múmias egípcias conviviam harmonicamente com objetos dos antigos gregos, fósseis pré-históricos, amostras de mineralogia, muitos exemplares de peças indígenas. Era então o maior museu de história natural da América Latina”, explicou.
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“O museu está sendo reconstituído graças ao trabalho incansável de cientistas, arquitetos, construtores e restauradores. E também através das campanhas que já conseguiram arrecadar uma boa parte do valor necessário para reconstrução”, prosseguiu o personagem de Nos Tempos do Imperador, em meio a vários alunos.
Um detalhe pode até ter passado despercebido para o público que não vive na cidade do Rio de Janeiro. Os estudantes que fizeram a figuração na cena estavam com o uniforme do colégio que leva o nome do imperador. O Pedro II é uma instituição pública e federal reconhecida como uma das melhores na capital fluminense.
