A Globo não escolheu O Cravo e a Rosa para sua nova faixa de novelas por acaso. A novela de Walcyr Carrasco fez tanto sucesso em sua exibição original que o número de capítulos foi muito ampliado. Para preencher a história, o autor criou Marcela, uma vilã interpretada por Drica Moraes, que entrou na trama às pressas.
Walcyr Carrasco fez sua estreia na Globo com O Cravo e a Rosa, que foi pensada para ter cerca de 90 capítulos. Mas os tapas e beijos entre Catarina (Adriana Esteves) e Petruchio (Eduardo Moscovis) engajaram tanto o público que a Globo decidiu alongar a história.
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Por volta do capítulo 60, segundo o livro Novela, a Obra Aberta e Seus Problemas, Walcyr Carrasco foi informado que O Cravo e a Rosa deveria ter a duração de cerca de 200 episódios. Logo, ele inventou uma nova vilã para atrapalhar o romance do casal amado pelo público.
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“Para poder ampliar a história, eu fiz alguns pedidos à Globo. Pedi, por exemplo, novos cenários e uma nova atriz para interpretar uma vilã, coisa que a novela não tinha. Em O Cravo e a Rosa, a vilã era a própria Catarina. Ela mesma impedia o relacionamento dos dois protagonistas. Em 90 capítulos, isso era possível. Mas, em 200, eu precisava de uma personagem que fizesse armações, precisava de uma vilã com perfil de novela tradicional. Então entrou em cena a Drica Moraes”, disse Walcyr Carrasco em depoimento ao livro Autores, Histórias da Teledramaturgia.
Drica Moraes deu vida a Marcela, em O Cravo e a Rosa, filha do também vilão Joaquim (Carlos Vereza). Até este momento a personagem havia apenas sido citada na novela, pois morava em Paris. Rica e elegante, Marcela já tinha tido um romance com Petruchio no passado e Joaquim acreditava que ele havia sido o responsável por jogar sua filha na “perdição”.
Marcela representava uma ameaça no casamento dele com Catarina, formando um triângulo amoroso. A ardilosa também tinha o objetivo secreto de se apossar dos bens de seu pai.
