O jornalista da Rede Globo, Maurício Ferraz, refez o trajeto do avião que tirou a vida de Marília Mendonça e de mais quatro pessoas em Caratinga, Minas Gerais. Ele descobriu que o piloto apto para fazer o percurso acabou sendo substituído pouco tempo antes de decolar. A empresa contratante acreditou que o novo responsável tinha mais experiência para o tipo de pouso.
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“O piloto nunca tinha pousado ali. O dono da empresa ia colocar um outro profissional, mas escolheu aquele porque ele era mais experiente. Como que você vai acusar um piloto, uma pessoa que morreu e não pode se defender?”, questionou o repórter do Fantástico ao conceder uma entrevista para André Piunti, no YouTube.
“Se ele tivesse descido na área sinalizada, tinha tudo [para auxiliar no pouso]; Ele saiu muito fora da área e começou a descer”, afirmou o jornalista da Globo.
Vale ressaltar que Maurício Ferraz teve acesso aos documentos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), que até hoje procura investigar a verdadeira causa do acidente, que aconteceu no final de 2021. A principal acusação é de que o desvio de rota tenha colocado os passageiros em perigo. Já depoimentos por parte de outros pilotos constatam que o profissional não teria seguido os passos recomendados para a situação.
“São situações que não sabemos, mas que ele saiu fora da área determinada, saiu. Não teve problema técnico no avião, aparentemente. A fiação foi um estilingue, puxou u motor que caiu. Não é proibido o que ele fez, mas não é normal. Eles poderiam sair da zona de proteção. Fizemos um voo fora da área de proteção, mas passamos bem longe do cabo”, afirma o centro de investigação do qual o repórter da Globo teve acesso.
