A atriz rebate buscas por gênero e comenta sobre ter sofrido bullying na infância
A atriz da personagem Sara em Travessia, Isabelle Nassar confidenciou que já sofreu muito com críticas por sua aparência. Já que está no ar no horário nobre da Rede Globo como a amiga de Débora (Grazi Massafera), seu fantasma do passado veio à tona. Buscas referentes à modelo, tanto em redes sociais quanto no Google, questionam o seu gênero.
“Eu sofria muito bullying na escola por não ter um rosto comum. Sempre tive um rosto forte. A família do meu pai é libanesa e minha mãe, baiana. Quando queriam me diminuir, me chamavam de “estranha”, de “esquisita”, de “cara de cavalo’. Isso me travou muito quando eu era adolescente. Agora, com a novela, perguntam se sou trans. São vários comentários surgindo”, dispara a atriz.
Uma das perguntas mais feitas no Google Trends sobre a personagem é a seguinte: “Sara da novela Travessia é trans?”. Por isso, a atriz reflete sobre gênero e diz que isso não lhe incomoda.
“Mas uma pessoa trans tem um estereótipo? Uma pessoa cis como eu [indivíduo que se identifica com o gênero que lhe foi atribuído ao nascer] tem um estereótipo? Uma mulher trans também poderia ter um filho, por exemplo. As pessoas vão especular, isso não é uma questão para mim, pelo contrário, é elogio. Acho que é uma oportunidade de ressignificar, de falar de mulheres e de padrões de beleza”, defende em entrevista, no jornal O Globo.
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ISABELLE NASSAR SOFRIA BULLYING
“Eu sofria absurdos na escola. Eram muitos xingamentos. Então, quando esse cara apareceu no shopping, pensei: ‘Espera. A vida inteira me xingaram por causa da aparência e agora ele vem me dizer que posso ser modelo?’. Foi como uma recuperação da vida”, relembra a jovem.
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Mesmo assim, a maré de reconciliação com sua própria imagem não durou muito . “Mas, quando comecei a modelar, continuou acontecendo muito. Teve um dia que fiquei embaixo de neve por três horas numa fila em Milão esperando para fazer teste. Quando cheguei no cliente, ele disse: “Nossa, você é muito feia”. Hoje entendo que diz mais sobre quem fala do que sobre quem recebe. As pessoas são muito cruéis”, comenta a atriz.